Kawasaki mostra motos híbridas e elétricas em pista lendária da Fórmula 1

Jorge Ghezier Por Jorge Ghezier

A Kawasaki fez uma demonstração de protótipos de suas primeiras motos híbridas e elétricas na lendária pista de Suzuka, no Japão. A marca pretende eletrificar completamente o seu catálogo em países desenvolvidos a partir de 2035, mas ao menos dez motos inéditas devem aparecer na categoria já em 2025.

A atividade no Circuito de Suzuka teve apenas a presença da imprensa japonesa, que não recebeu maiores detalhes sobre as novas tecnologias da Kawasaki. Entretanto, vazamentos de patentes já revelaram como a empresa pretende atingir esse objetivo ousado.

As novas motos da Kawasaki podem ser identificadas da seguinte forma: a versão híbrida tem a inscrição HEV no tanque, enquanto a elétrica tem o adesivo EV. Por questões ergonômicas, a motocicleta elétrica mantém o formato do tanque, por mais que não rode com combustível líquido.

Como funciona a moto híbrida?

O sistema híbrido da Kawasaki é versátil e pode ser usado em qualquer moto de sua gama. Isso porque o motor elétrico de 48V foi posicionado acima da transmissão, que tem uma embreagem adicional para acoplar e desacoplar.

Sendo assim, nas estradas, a novidade utilizará o motor a combustão sem qualquer assistência elétrica. Na cidade, o modelo poderá circular apenas no modo elétrico, sendo neutro em emissões e ruído. Em alguns casos, os propulsores podem ser ativados ao mesmo tempo, proporcionando um “overboost” temporário de potência e torque.

A refrigeração da bateria será a ar. Segundo a Kawasaki, sua nova moto híbrida terá o consumo de combustível mais baixo que o de um modelo com motor de 400 cm³, porém com o desempenho de uma esportiva acima de 650 cm³.

E a moto elétrica?

Não há qualquer segredo estrutural na moto elétrica da Kawasaki, que segue exatamente a mesma receita que Triumph TE-1 e Ducati V21L já incorporam. Mas as motocicletas japonesas têm uma diferença em comum com as ocidentais: as baterias intercambiáveis.

As quatro grandes fabricantes (Honda, Kawasaki, Suzuki e Yamaha) assinaram um acordo para padronizar suas baterias. Sendo assim, o proprietário de uma Kawasaki elétrica poderá parar em uma estação de troca de bateria e colocar um conjunto da Honda – e vice-versa. A grande vantagem das baterias intercambiáveis é eliminar o tempo de espera para carregar a moto elétrica.

A Kawasaki terá ao menos três motos elétricas nos próximos anos. A versão de entrada será equivalente a uma moto de 125 cm³, em um arranjo semelhante ao da Voltz EVS, já oferecida no Brasil. A intermediária também terá proposta urbana, porém com um pouco mais de potência e torque.

Por fim, a fabricante também pretende lançar uma naked esportiva elétrica. Ela poderá surgir nas linhas Ninja ou “Z” – ou talvez em ambas. Mas isso deverá ocorrer apenas em 2025, conforme antecipado pela marca.

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